O Irã reabriu seu espaço aéreo para voos comerciais nesta quinta-feira (3) depois de ordenar seu fechamento na noite de terça-feira (1), após seu ataque com mísseis balísticos contra Israel.
“Depois de garantir condições de voo favoráveis e seguras e de acabar com as restrições, as companhias aéreas estão autorizadas a realizar operações de voo a partir das 5h de hoje”, disse um porta-voz da Organização da Aviação Civil, de acordo com um relatório da Agência de Notícias da República Islâmica (IRNA).
A organização anunciou na noite de terça-feira que todos os voos em todo o país seriam cancelados até a manhã de quarta-feira, o que foi posteriormente prorrogado até a manhã de quinta-feira.
Já o gabinete de guerra de Israel está avaliando suas opções e “não ficará de braços cruzados” depois que o Irã lançou seu maior ataque ao país, disse o embaixador de Israel na Organização das Nações Unidas (ONU), Danny Danon, a Kaitlan Collins, da CNN.
“O que aconteceu foi uma resposta sem precedentes e, como eu disse hoje no Conselho de Segurança, será uma resposta muito forte e dolorosa. Será em breve”.
O Irã lançou uma onda de cerca de 200 mísseis balísticos contra alvos militares israelenses, fazendo soar sirenes por todo Israel e ativando os sofisticados sistemas de defesa do país.
Leia Mais
Bomba russa atinge prédio em Kharkiv e fere ao menos dez ucranianos
Ataque aéreo israelense deixa três mortos em Damasco, na Síria
Seis migrantes morrem após soldados mexicanos dispararem contra caminhonete
Entenda a escalada nos conflitos do Oriente Médio
O ataque com mísseis do Irã a Israel no dia 1º marcou uma nova etapa do conflito regional no Oriente Médio. De um lado da guerra está Israel, com apoio dos Estados Unidos. Do outro, o Eixo da Resistência, que recebe apoio financeiro e militar do Irã e que conta com uma série de grupos paramilitares.
São sete frentes de conflito abertas atualmente: a República Islâmica do Irã; o Hamas, na Faixa de Gaza; o Hezbollah, no Líbano; o governo Sírio e as milícias que atuam no país; os Houthis, no Iêmen; grupos xiitas no Iraque; e diferentes organizações militantes na Cisjordânia.
Israel tem soldados em três dessas frentes: Líbano, Cisjordânia e Faixa de Gaza. Nas outras quatro, realiza bombardeios aéreos.
O Exército israelense iniciou uma “operação terrestre limitada” no Líbano no dia 30 de setembro, dias depois de Israel matar o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em um bombardeio ao quartel-general do grupo, no subúrbio de Beirute.
As Forças de Defesa de Israel afirmam que mataram praticamente toda a cadeia de comando do Hezbollah em bombardeios semelhantes realizados nas últimas semanas. No dia 23 de setembro, o Líbano teve o dia mais mortal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas fatais.
Ao menos dois adolescentes brasileiros morreram nos ataques. O Itamaraty condenou a situação e pediu o fim do conflito. Com o aumento das hostilidades, o governo brasileiro anunciou uma operação para repatriar brasileiros no Líbano.
Na Cisjordânia, os militares israelenses tentam desarticular grupos contrários à ocupação de Israel ao território palestino.
Já na Faixa de Gaza, Israel busca erradicar o Hamas, responsável pelo ataque de 7 de outubro que deixou mais de 1.200 mortos, segundo informações do governo israelense. A operação israelense matou mais de 40 mil palestinos, segundo o Ministério da Saúde do enclave, controlado pelo Hamas.
O líder do Hamas, Yahya Sinwar, segue escondido em túneis na Faixa de Gaza, onde também estariam em cativeiro dezenas de israelenses sequestrados pelo Hamas.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Irã reabre espaço aéreo para voos comerciais no site CNN Brasil.
Deixe um comentário