Os 15 países mais afetados pela ‘depressão do inverno’

A depressão sazonal, ou transtorno afetivo sazonal (TAS), é uma condição que afeta milhões de pessoas globalmente, especialmente durante os meses mais frios, quando a exposição à luz solar diminui significativamente.

Esse fenômeno, frequentemente chamado de “depressão de inverno”, ocorre devido à redução da luz solar, o que interfere na produção de serotonina, um hormônio essencial para o bem-estar, e na absorção de vitamina D, fundamental para a saúde mental.

De acordo com a Fortune, estudos apontam que aproximadamente 10 milhões de americanos sofrem de TAS, com maior prevalência entre mulheres, jovens adultos e pessoas que vivem em regiões de invernos rigorosos. Sintomas incluem fadiga, desesperança, dificuldade para dormir e isolamento social. Uma pesquisa recente da Healthnews analisou 194 países para identificar aqueles com maior risco de “depressão de inverno”, levando em conta fatores como latitude, prevalência de transtornos depressivos, e composição demográfica.

Os 15 países com maior risco de depressão sazonal

A pesquisa revelou que os países mais suscetíveis ao TAS estão situados em latitudes mais altas, onde os dias curtos e a falta de luz natural são comuns no inverno. Apesar de terem altos índices de qualidade de vida, nações nórdicas como Finlândia, Suécia e Noruega estão em posições mais altas no ranking devido à exposição limitada ao sol. Confira a lista dos 15 países com maior probabilidade de sofrer com a depressão sazonal, com suas respectivas pontuações em uma escala de 0 a 100:

  1. Groenlândia: 79,7
  2. Finlândia: 69,3
  3. Suécia: 67,1
  4. Reino Unido: 64,6
  5. Noruega: 63,1
  6. Islândia: 62,9
  7. Canadá: 62,0
  8. Lituânia: 60,7
  9. Dinamarca: 60,5
  10. Irlanda: 59,3
  11. Letônia: 58,9
  12. Estônia: 58,7
  13. Nova Zelândia: 58,2
  14. Países Baixos: 57,9
  15. Bielorrússia: 57,9

Fatores de risco e tendências globais

A pesquisa indicou que os países com maior risco compartilham características como invernos rigorosos e populações com proporções elevadas de jovens e mulheres, grupos mais vulneráveis ao TAS. Interessantemente, 6 dos 10 países com maior risco também aparecem entre os mais pesquisados no Google pelo termo “transtorno afetivo sazonal”, sugerindo que a conscientização é mais forte nas áreas mais impactadas.

Curiosamente, países nórdicos que frequentemente lideram rankings de felicidade global enfrentam desafios com a “depressão de inverno”, o que destaca a importância de iniciativas voltadas ao bem-estar para mitigar esses efeitos.

Estratégias para lidar com a depressão sazonal

O manejo do TAS pode variar de acordo com a gravidade dos sintomas. Para casos leves, mudanças no estilo de vida, como maior exposição à luz natural e exercícios regulares, podem ser eficazes. Em situações mais graves, especialistas recomendam abordagens como:

  • Terapia de luz: o uso de caixas de luz que simulam a luz solar é uma das estratégias mais eficazes para equilibrar os níveis de serotonina e reduzir os sintomas de depressão.
  • Terapia cognitivo-comportamental: indicada para ajudar a modificar padrões de pensamento negativos.
  • Suplementação de vitamina D: essencial para compensar a carência comum nos meses de inverno.

A pesquisa sublinha a necessidade de políticas públicas voltadas para a saúde mental durante o inverno. A criação de espaços verdes urbanos, campanhas de conscientização e acesso facilitado a tratamentos são medidas que podem ajudar a reduzir o impacto do TAS. Com o aumento do conhecimento sobre a condição e a implementação de estratégias acessíveis, milhões de pessoas podem melhorar sua qualidade de vida, mesmo durante os períodos mais desafiadores do ano.

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