Alvo de operação da Polícia Federal (PF) na manhã deste sábado, 14, o ex-ministro Walter Braga Netto foi detido por envolvimento na tentativa de golpe durante a eleição presidencial de 2022. Por ser general do Exército, ele ficará preso na 1ª Divisão do Exército, que é subordinada ao Comando Militar do Leste e fica na Vila Militar, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, e terá direito a uma cela especial.
Braga Netto é general quatro estrelas, último posto da carreira nas Forças Armadas. A prisão especial é uma prerrogativa dos militares. Eles podem ser recolhidos a quartéis ou a prisão especial, quando sujeitos a prisão provisória. Ou seja, antes de condenação definitiva.
Uma das explicações para o benefício é garantia da segurança física dos presos, que podem ser vítimas de represálias por parte dos demais reclusos.
Os presídios militares subordinados à 1ª Divisão de Exército na Vila Militar são projetados para abrigar exclusivamente militares que cumprem penas privativas de liberdade ou aguardam julgamento. Eles são reservados para oficiais, praças e outros militares.
As instalações possuem celas individuais ou coletivas, áreas comuns para atividades dos detentos e locais para visitas. O acesso é altamente restrito e controlado, não sendo permitida a entrada de civis.
Prisão cautelar
A prisão cautelar de Braga Netto tem por objetivo evitar prejuízos às investigações conduzidas pela Polícia Federal. Ele foi indicado pela PF numa lista de 37 pessoas envolvidas na trama do golpe. O indiciamento está sendo analisado pela Procuradoria-Geral da República, que deve pedir o indiciamento do general.
Segundo investigadores, Braga Netto foi apontado como o responsável por financiar um grupo de militares que tentou assassinar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e também monitorava os depoimentos da delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens.
Deixe um comentário