Análise: Israel dá golpe no cérebro e na espinha dorsal do Hezbollah

O analista de Internacional Lourival Sant’Anna comentou a recente declaração do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, de que a morte do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, foi um “acerto de contas”.

Sant’Anna avalia que o grupo terrorista tem enfrentado sérias dificuldades para reagir aos ataques de Israel.

Segundo o analista, a operação israelense, batizada de “Nova Ordem”, tem sido extremamente exitosa até o momento.

Embora o nome seja ambicioso e provavelmente não resulte em uma nova ordem no Oriente Médio, Sant’Anna acredita que a região não será a mesma após esta campanha.

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Impacto na estrutura do Hezbollah

A ofensiva israelense começou no início do ano, com o anúncio da eliminação de 30 chefes de batalhões e cinco comandantes de brigadas do Hezbollah.

O analista destaca assassinatos-chave, como o de Fuad Shukri, comandante militar do grupo, e de Ismael Haniyeh, líder do Hamas, ambos ocorridos em 31 de julho.

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Sant’Anna ressalta que, de acordo com Israel, mais da metade dos comandantes do Hezbollah foram eliminados, incluindo Ibrahim Qubeizi (comandante dos mísseis) e Ibrahim Aqil (comandante das forças especiais).

A morte de Hassan Nasrallah, líder espiritual do grupo, representa um golpe significativo.

Dificuldades de reação

O analista explica que a interrupção das comunicações do Hezbollah, um dos primeiros passos da campanha israelense, tem dificultado a capacidade de resposta do grupo. A destruição de pagers e walk-talkies comprometeu seriamente a cadeia de comando.

Sant’Anna, que cobriu a guerra de 2006 entre Israel e o Hezbollah, afirma que a atual campanha israelense supera em eficácia a invasão do sul do Líbano ocorrida naquela época. Ele descreve a operação atual como “um golpe no cérebro e na espinha dorsal do Hezbollah”.

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Além dos danos à liderança, o analista suspeita que o arsenal do grupo terrorista também tenha sido significativamente degradado, baseando-se na qualidade da inteligência israelense demonstrada recentemente.

As explosões secundárias observadas após os ataques sugerem que Israel tem atingido com precisão depósitos de munições e silos de mísseis.

Sant’Anna conclui que, embora não haja uma ideia precisa do alcance da destruição do arsenal, a dificuldade do Hezbollah em responder efetivamente aos ataques israelenses é um indicativo claro do sucesso da operação.

Os disparos de foguetes e mísseis realizados pelo grupo têm se mostrado insuficientes para superar as camadas de defesa antiaérea de Israel.

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