A Argentina registrou o décimo mês consecutivo de superávit fiscal primário em outubro, informou o ministro da Economia do país, Luis Caputo, nesta sexta-feira, 15.
O país registrou em outubro um superávit fiscal primário de 747 bilhões de pesos (R$ 4,3 bilhões), em comparação com um resultado negativo no mesmo mês de 2023, que foi de 330 bilhões de pesos.
Apesar disso, o resultado de outubro ficou abaixo do superávit primário alcançado em setembro deste ano, que foi de 816 bilhões de pesos.
O resultado financeiro (que inclui o pagamento de serviços da dívida) foi positivo em outubro, alcançando 523 bilhões de pesos, frente a um déficit de 454 bilhões de pesos no mesmo mês do ano passado e a um superávit de 466 bilhões de pesos registrado em setembro.
Nos primeiros dez meses do ano, a Argentina acumulou um superávit primário de 10,3 trilhões de pesos, em contraste com um déficit de 2,9 trilhões de pesos no mesmo período de 2023.
O superávit financeiro acumulado nos primeiros dez meses deste ano chegou a 2,9 trilhões de pesos, frente a um saldo negativo de 5,2 trilhões de pesos no mesmo período do ano passado.
De acordo com Caputo, em uma mensagem publicada na rede social X, nos primeiros dez meses do ano, o setor público nacional acumulou um superávit financeiro equivalente a 0,5% do PIB.
A mudança de tendência nas contas públicas observada neste ano é atribuída ao rigoroso plano de ajuste fiscal implementado por Milei após sua posse em dezembro de 2023.
Em 2023, o setor público argentino havia acumulado um déficit fiscal primário equivalente a 2,9% do PIB e um saldo financeiro negativo equivalente a 6,1% do PIB.
Segundo as projeções do governo contidas no projeto de Orçamento 2025, a Argentina encerrará 2024 com um superávit primário equivalente a 1,5% do PIB. Já em 2025, o país deverá alcançar um saldo positivo equivalente a 1,3% do PIB.
Fitch melhora classificação de risco da Argentina
A agência de classificação de risco Fitch anunciou nesta sexta-feira que elevou a classificação da Argentina como emissor de dívida soberana de longo prazo porque “melhorou a confiança” na capacidade das autoridades do país de cumprir os vencimentos da dívida.
A Fitch elevou o rating da dívida de longo prazo em moeda estrangeira da Argentina para “CCC”, de “CC”, e o rating da dívida de longo prazo em moeda local para “CCC”, de “CCC-“, segundo o comunicado divulgado esta sexta-feira.
A elevação da classificação da dívida em moeda estrangeira da Argentina reflete que “melhorou a confiança da Fitch na capacidade das autoridades de efetuar os próximos pagamentos de títulos em moeda estrangeira sem buscar algum tipo de alívio”.
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