A empresa de produção de sementes Boa Safra registrou um lucro líquido de R$ 54,040 milhões no terceiro trimestre de 2024, uma queda de 53,27% em relação ao lucro líquido de R$ 115,637 milhões no mesmo período de 2023. O resultado foi divulgado na noite desta quarta-feira, 13.
Segundo o CEO da companhia, Marino Colpo, a queda na produção de sementes e a restrição de crédito para as revendas pressionaram os números da empresa no período.
O lucro líquido ajustado da companhia, deduzido a participação de minoritários e o Imposto de Renda (IR) de anos anteriores a 2023, teve uma queda ainda mais acentuada de 65,39%, passando de R$ 101,238 milhões no terceiro trimestre do ano passado para R$ 35,038 milhões neste ano.
“Foi um ano com clima muito adverso: começamos com uma seca intensa e, em seguida, enfrentamos um excesso de chuvas. Além disso, fomos cautelosos nas vendas e elevamos ainda mais nossos critérios de crédito como precaução contra a inadimplência“, afirmou Colpo à EXAME.
Ainda que a inadimplência da empresa represente apenas 1,7% de uma carteira de R$ 450 milhões, o aumento dos pedidos de recuperação judicial no agronegócio brasileiro neste ano levou a companhia a restringir a disponibilidade de crédito para as grandes revendas.
A estratégia, segundo Colpo, foi focar nas médias e pequenas revendas para garantir retorno financeiro. “Se tudo der certo, vamos poder olhar para trás e pensar que, talvez, com menos cautela, pudéssemos ter vendido mais e aproveitado outras oportunidades. Mas, se houver mais surpresas negativas no setor, pode ser que a nossa cautela tenha sido necessária”, afirmou o CEO.
A receita líquida no terceiro trimestre de 2024 foi de R$ 727,380 milhões, um recuo de 26,24% sobre a receita de R$ 987,423 milhões de um ano antes.
O Ebitda (resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização) no terceiro trimestre de 2024 foi de R$ 78,692 milhões, uma queda de 40,18% em relação ao Ebitda de R$ 131,554 milhões do ano anterior. O Ebtida ajustado da Boa Safra recuou 45,54%, de R$ 136,027 milhões para R$ 74,086 milhões.
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Criado pelo Governo Federal em 2003, o Plano Safra tem como objetivo fornecer linhas de crédito para o financiamento das atividades agrícolas de pequenos, médios e grandes produtores rurais do país, incluindo cooperativas e agricultores familiares
(Plano Safra)
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Com vigência de um ano, ele geralmente começa a valer no dia 1º de julho, quando se inicia o ano-safra no Brasil.
(Com vigência de um ano, ele geralmente começa a valer no dia 1º de julho, quando se inicia o ano-safra no Brasil.)
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No ano-safra 2024/25, o Plano Safra será lançado nesta quarta-feira, 3
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As linhas oferecidas pelo Plano Safra possuem subdivisões específicas, nas categorias: crédito de custeio e comercialização e crédito de investimento. Cada produtor é enquadrado em uma ou outra modalidade, de acordo com o tamanho da propriedade, atividade exercida, renda anual, etc.
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Qual a diferença entre o Plano Safra empresarial e para agricultura familiar?
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Os planos de financiamento da agricultura e da pecuária empresarial no país, conhecidos também como Plano Safra Empresarial, disponibiliza recursos por meio do crédito rural aos produtores enquadrados no Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e grandes produtores do setor.
(Os planos de financiamento da agricultura e da pecuária empresarial no país, conhecidos também como Plano Safra Empresarial, disponibiliza recursos por meio do crédito rural aos produtores enquadrados no Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e grandes produtores do setor)
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Por outro lado, o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) tem como objetivo fortalecer as atividades familiares seja no financiamento ou custeio relacionado à implantação, ampliação ou modernização da estrutura de produção, visando à geração de renda e a melhora da mão de obra na agricultura familiar.
(Por outro lado, o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) tem como objetivo fortalecer as atividades familiares seja no financiamento ou custeio relacionado à implantação, ampliação ou modernização da estrutura de produção, visando à geração de renda e a melhora da mão de obra na agricultura familiar.)
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