Ciclone Chido deixa 45 mortos e 503 feridos em Moçambique

Ao menos 45 pessoas morreram e 503 ficaram feridas no norte de Moçambique devido à passagem do ciclone Chido, segundo os últimos dados do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres do país africano (INGD).

“A situação ainda é caótica”, alertou a presidente do INGD, Luísa Meque, no início da última reunião do comitê de emergência do órgão, realizada nesta terça-feira na cidade de Pemba, na província de Cabo Delgado, a mais afetada pelo fenômeno.

De acordo com ela, o número de vítimas é provisório, já que os danos ainda estão sendo avaliados, e pode haver pessoas sob escombros.

A presidente do INGD disse que 37 das 45 mortes ocorreram em Cabo Delgado, especificamente no distrito de Mecúfi, onde “todas as infraestruturas públicas e privadas ficaram sem telhado, e a maioria das paredes foi danificada”.

As demais mortes foram registradas nas províncias de Nampula (cinco) e Niassa (três).

“Como vamos começar a reconstruir essas infraestruturas destruídas? Os números que teremos nos próximos dias provavelmente aumentarão, porque a área atingida é muito grande”, lamentou Meque.

O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) também disse que o saldo da tragédia pode continuar a aumentar “à medida em que mais avaliações forem realizadas”.

O ciclone, que atingiu Moçambique no domingo com ventos de até 120 quilômetros por hora, causou estragos nas províncias de Cabo Delgado, Nampula e Niassa, no norte do país, antes de seguir para o país vizinho Malaui, onde ontem ao menos duas pessoas morreram e mais de 8 mil foram afetadas de alguma forma pelo fenômeno.

Chido deixou ao menos 21 mortos e 45 feridos com gravidade no arquipélago de Mayotte, no oceano Índico, embora autoridades da França – país ao qual as ilhas pertencem – tenham advertido no domingo que o número de mortes pode chegar a “várias centenas”.

Segundo o OCHA, outros países onde são esperadas chuvas fortes nos próximos dias devido ao ciclone são Zâmbia, Angola, Botsuana, República Democrática do Congo, Essuatini, Tanzânia e África do Sul.

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