O exército israelense disse aos moradores para deixarem partes de vários bairros no sul de Beirute, destacando esses locais em mapas que foram distribuídos na plataforma de mídia social X.
O porta-voz das Forças de Defesa de Israel postou mapas de vários edifícios nos bairros de Al-Laylaki e Al-Hadath.
“Vocês estão localizados perto dos interesses do Hezbollah e, para sua segurança e a segurança de seus entes queridos, vocês são obrigados a se retirar dos edifícios imediatamente e se afastar deles a uma distância não inferior a 500 metros”, disse Avichay Adraee em uma publicação no X.
O chamado para retiradas ocorre horas depois de Israel ter lançado grandes ataques aéreos no sul de Beirute, em um ataque que uma autoridade israelense disse à CNN que tinha como alvo o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah.
O exército israelense também disse que “em pouco tempo” atacará prédios no sul de Beirute que alega estarem armazenando mísseis do Hezbollah.
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“No coração de Dahiya em Beirute, o Hezbollah construiu três prédios com espaços subterrâneos designados para armazenar armas estratégicas, com os prédios acima agindo como um escudo”, afirmou o Contra-Almirante Daniel Hagari, um porta-voz da IDF, durante uma entrevista coletiva nas primeiras horas da manhã de sábado, no horário local.
Os prédios ao redor das estruturas indicadas pela IDF são quase inteiramente residenciais.
“A maneira como os mísseis são armazenados nesses prédios permite que eles sejam movidos e lançados para fora dos prédios em minutos. Isso representa uma ameaça real e imediata às rotas de navegação globais e à infraestrutura estratégica de Israel”, afirmou Hagari.
O porta-voz acrescentou que os moradores “devem se mover o mais longe possível dos prédios”.
“Em pouco tempo, empilharemos as armas armazenadas sob os prédios. A explosão, por causa dos mísseis, pode danificar a estrutura e potencialmente causar seu colapso”, disse ele.
Entenda o conflito entre Israel e Hezbollah
Israel tem lançado uma série de ataques aéreos em regiões do Líbano nos últimos dias. Na segunda-feira (23), o país teve o dia mais mortal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas fatais. Segundo os militares israelenses, os alvos são integrantes e infraestrutura bélica do Hezbollah, uma das forças paramilitares mais poderosas do Oriente Médio e que é apoiada pelo Irã.
A ofensiva atingiu diversos pontos no Líbano, incluindo a capital do país, Beirute. Milhares de pessoas buscaram refúgio em abrigos e deixaram cidades do sul do país.
Além disso, uma incursão terrestre não foi descartada.
O Hezbollah e Israel começaram a trocar ataques após o início da guerra na Faixa de Gaza. O grupo libanês é aliado do Hamas, que invadiu o território israelense em 7 de outubro de 2023, matando centenas de pessoas e capturando reféns.
Devido aos bombardeios, milhares de moradores do norte de Israel, onde fica a fronteira com o Líbano, tiveram que ser deslocados. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu prometeu diversas vezes fazer com que esses cidadãos retornem para suas casas.
No dia 17 de setembro, Israel adicionou o retorno desses moradores como um objetivo oficial de guerra.
Ao menos dois adolescentes brasileiros morreram nos ataques. O Itamaraty condenou a situação e pediu o fim das hostilidades. O governo brasileiro também avalia uma possível missão de resgate.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Exército de Israel pede a moradores que deixem locais em Beirute no site CNN Brasil.
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