Idosos estão mais vulneráveis a fraturas por diversos fatores. Aqui listamos alguns mais importantes:
Osteoporose: diminuição da densidade óssea, que torna os ossos mais frágeis e suscetíveis a fraturas, algumas vezes, em pequenos acidentes domésticos.
Sarcopenia: perda de massa e força muscular, o que compromete a capacidade de prevenir acidentes.
Alterações no equilíbrio: problemas de visão, audição e alterações neurológicas (como Parkinson e Demência) podem prejudicar o equilíbrio.
Doenças Crônicas: diabetes, hipertensão e artrite podem aumentar o risco de quedas e fraturas
Medicamentos: algumas drogas (sedativos, antidepressivos) podem causar tonturas e aumentar o risco de tombos.
Após uma fratura, o processo de recuperação deve ser individualizado:
Fisioterapia: essencial para restaurar a função e prevenir a perda de massa muscular.
Nutrição: aumentar a ingestão de proteínas e nutrientes como cálcio, vitamina D e fósforo é fundamental para manter a massa óssea.
Acompanhamento contínuo: o monitoramento médico regular, com exames de densitometria óssea e ajustes no tratamento da osteoporose, pode reduzir o risco de novas fraturas.
Nos últimos anos, houve progresso significativo no tratamento de fraturas em idosos. Entre os tratamentos não cirúrgicos destacamos:
Imobilizações funcionais: dispositivos que imobilizam a área afetada, como órteses, são frequentemente utilizados em fraturas menos graves.
Fisioterapia: a reabilitação precoce com fisioterapia ajuda a manter a mobilidade, fortalecer os músculos e prevenir complicações, como a atrofia muscular.
Terapias medicamentosas: além do manejo da dor, medicamentos para estimular a formação óssea podem ser usados para acelerar a recuperação.
Algumas vezes, é necessário o tratamento cirúrgico, como as técnicas listadas a seguir:
Fixação interna: em fraturas mais complexas, as cirurgias com placas, parafusos e hastes intramedulares podem proporcionar estabilidade imediata e reduzir o tempo de imobilização, retirando o paciente da cama e devolvendo a mobilidade.
Próteses articulares: em casos de fraturas graves, especialmente no quadril, a substituição total ou parcial da articulação com próteses pode ser a solução mais eficaz.
Procedimentos Minimamente Invasivos: novas técnicas cirúrgicas menos invasivas permitem recuperação mais rápida e menos complicações pós-operatórias.
Agora vem o principal: Prevenção!
Prevenir fraturas é essencial, e a abordagem deve ser multifatorial:
Tratar a Osteoporose: é fundamental diagnosticar e tratar a osteoporose de forma precoce. O uso de suplementos de cálcio e vitamina D, bem como medicamentos específicos, podem ajudar a reduzir a perda óssea.
Realizar exercícios físicos: programas de fortalecimento muscular, com foco em atividades que melhorem o equilíbrio e a coordenação, como pilates, treinamento funcional ou exercícios de resistência na academia, são essenciais. Eles reduzem o risco de quedas e melhoram a força óssea e muscular.
Realizar adaptações nos ambientes domésticos: pequenas mudanças na casa podem prevenir quedas; Instalação de barras de apoio em banheiros; remoção de tapetes soltos ou objetos que possam causar tropeços; iluminação adequada nos ambientes; utilização de calçados com sola antiderrapante.
Revisão de medicamentos: a revisão periódica das prescrições médicas pode ajudar a identificar medicamentos que aumentem o risco de quedas, permitindo ajustes quando necessário.
Uso de dispositivos auxiliares: andadores, bengalas e outros dispositivos de apoio podem ser recomendados para idosos com dificuldades de locomoção ou equilíbrio.
Esse conjunto de medidas ajuda a diminuir o impacto das fraturas em idosos, promovendo uma recuperação mais eficiente e prevenindo futuras complicações.
* Por Dr. Joel Corrêa – CRM 28033 | RQE 18740
Ortopedista e Traumatologista
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