Juiz adia julgamento de prefeito de Nova York por corrupção, mas rejeita arquivar o caso

Um juiz de Manhattan decidiu nesta sexta-feira, 21, adiar indefinidamente o julgamento por corrupção contra o prefeito de Nova York, Eric Adams, mas rejeitou o pedido da administração de Donald Trump para arquivar as acusações.

O juiz Dale Ho também nomeou Paul Clement, ex-procurador do governo Bush, para apresentar argumentos sobre por que o caso deve continuar.

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Ordem para arquivamento gerou crise no Ministério Público

Na semana passada, o secretário de Justiça adjunto, Emile Bove, ordenou que os promotores arquivassem as cinco acusações contra Adams, que incluem financiamento ilegal de campanha e recebimento de subornos.

Bove argumentou que as denúncias eram politicamente motivadas e atrapalhavam a campanha do prefeito para a reeleição em 2025, além de prejudicar seu trabalho no combate à imigração irregular.

A decisão gerou revolta e levou sete promotores a renunciarem em Nova York e Washington. Políticos locais pediram a saída de Adams, incluindo a presidente do Conselho Municipal, Adrienne Adams, que declarou que ele deveria “dar um passo para o lado”.

Governadora de NY monitora situação, mas evita afastamento

A governadora democrata Kathy Hochul afirmou que não destituirá Adams, mas destacou que o prefeito será monitorado de perto.

“Há uma crise de confiança agora e precisamos ter a situação sob controle”, declarou Hochul, ao justificar sua decisão de não intervir por enquanto.

O julgamento, que estava previsto para 21 de abril, agora segue sem data definida. O juiz Dale Ho determinou que as partes envolvidas apresentem seus argumentos até 7 de março, com audiências marcadas para a semana seguinte.

(Com informações da Justiça de Nova York)

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