Provedores estão em “posição delicada”, diz associação sobre acesso ao X no Brasil

Após usuários da rede social X alegarem ter conseguido acessar a plataforma nesta quarta-feira (18), a Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint) publicou uma nota oficial alegando que os provedores estão em “posição delicada”. O bloqueio da rede social foi determinado há quase três semanas, no dia 30 de agosto.

“Os provedores de internet estão em uma posição delicada. De acordo com a Abrint, os provedores não podem tomar ações por conta própria sem uma orientação oficial da Anatel, pois um bloqueio equivocado poderia afetar empresas legítimas. Dessa forma, estão aguardando uma análise técnica e instruções da Anatel para decidir quais medidas serão tomadas”, traz a manifestação.

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Mais cedo, a reportagem da CNN entrou em contato com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que afirmou que mantém a fiscalização a respeito da ordem de bloqueio e que vem reportando ao Supremo Tribunal Federal (STF) o resultado desse acompanhamento.

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A agência ressaltou também que não houve nenhuma mudança no posicionamento da Corte. Apesar da possibilidade de acesso, o bloqueio da plataforma segue válido em todo o Brasil. Quem burlar a suspensão com “subterfúgios tecnológicos”, como o uso de VPN, pode ser multado em R$ 50 mil.

Novo software

Segundo a Abrint, houve uma atualização do aplicativo durante a noite, o que ocasionou uma operação diferente do novo software. “Os usuários que tinham o aplicativo instalado em seus celulares receberam uma atualização automática, e o novo software começou a operar de maneira diferente, agora utilizando endereços de IP vinculados ao serviço Cloudflare”, detalha a nota.

A associação explica que a mudança para o Cloudflare torna o bloqueio do aplicativo muito mais complicado. “Diferente do sistema anterior, que usava IPs específicos e passíveis de bloqueio, o novo sistema faz uso de IPs dinâmicos que mudam constantemente. Muitos desses IPs são compartilhados com outros serviços legítimos, como bancos e grandes plataformas de internet, tornando impossível bloquear um IP sem afetar outros serviços”.

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O Cloudflare é utilizado por empresas para proteger e melhorar a performance de seus serviços online. A Abrint explica que, no caso da plataforma, a utilização permitiu uma resistência mais eficiente contra os bloqueios porque dificulta uma ação direta nos IPs. Um bloqueio no mecanismo poderia prejudicar diferentes serviços e empresas.

A Abrint reforça a orientação de que as empresas não tomem medidas individuais até que haja uma orientação oficial da Anatel.

O X está bloqueado no país desde o último dia 30 por ordem do ministro do STF Alexandre de Moraes.

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Este conteúdo foi originalmente publicado em Provedores estão em “posição delicada”, diz associação sobre acesso ao X no Brasil no site CNN Brasil.


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