O secretário-geral da Otan, Mark Rutte, terá nesta quarta-feira, 18, uma reunião informal com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e outros líderes europeus para discutir os “próximos passos” do conflito com a Rússia.
A pequena reunião de cúpula informal na residência oficial de Rutte em Bruxelas acontece apenas cinco semanas antes do retorno de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos.
A reunião deveria ter a participação de vários chefes de Governo, como a italiana Giorgia Meloni, o polonês Donald Tusk e o alemão Olaf Scholz.
O Reino Unido será representado pelo ministro das Relações Exteriores, David Lammy, enquanto a UE será representada pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e pelo presidente do Conselho Europeu, António Costa.
A presença do presidente da França, Emmanuel Macron, havia sido mencionada, mas a decisão do chefe de Estado de viajar à ilha de Mayotte, devastada por um ciclone, deixa sua participação em suspense.
Em várias capitais europeias, os primeiros contatos tímidos já começaram a considerar o envio de tropas à Ucrânia para assegurar um possível cessar-fogo entre Kiev e Moscou.
“Oficialmente, isto não está na agenda, mas como teremos muitas pessoas importantes na mesma sala, não podemos descartar”, disse uma fonte diplomática da Otan.
Ao discursar na terça-feira no Parlamento italiano, Meloni disse que a reunião em Bruxelas era uma “oportunidade importante para discutir o futuro do conflito”.
Nesta quarta-feira, no Parlamento Europeu, Von der Leyen disse que o reforço das capacidades ucranianas era “não apenas um imperativo moral, mas também um imperativo estratégico”.
Para Von der Leyen, “o mundo está olhando. Nossos amigos e sobretudo os nossos adversários observam com muito cuidado como mantemos o nosso apoio à Ucrânia”.
Para a Ucrânia, o cenário envolve uma corrida contra o tempo, já que Trump insiste em um acordo para acabar com a guerra (que ele promete resolver em 24 horas) e insinua a possibilidade de suspender a ajuda militar a Kiev.
As autoridades ucranianas, que rejeitavam a ideia de uma negociação de paz com a Rússia, agora admitem a possibilidade, desde que a segurança do país seja garantida.
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